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Associação Família Dall'Agnol e outras emigradas de Arsiè

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A musseta (O trenó)

Descrição de um instrumento que era usado no baixo belunese, onde se inclui Fastro, para o transporte para o vale dos produtos das montanhas. A Musseta (em portugues trenó).

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O trenó, também conhecido no dialeto (linguagem local) como "musseta", sendo que esta também merece algumas considerações de caráter histórico - técnico - ambiental.

O trenó A sua origem se perdeu com o passar dos anos mas, se a compararmos com outros utensílios que foram substituídos em épocas mais ou menos remotas das inovações tecnológicas, sendo que estas inovações permanecem quase que sem provocar grandes alterações na sua forma ou estrutura perpetuando-se até os nossos dias, a prova disso é que alguns exemplares de trenó, mesmo que em desuso ainda existem e são conservados.

A sua função, no âmbito do sistema sócio-econômico no qual estava engajado para a comunidade local era muito importante à medida que o trenó era utilizado para efetuar a maior parte do transporte.

O trenó era utilizado durante o período do inverno quando as estradas ficavam densas de neve e também em terras planas e também para levar mercadorias montanha abaixo, para transportar o esterco de vaca, as pequenas pedrinhas já que é uma região montanhosa, para fazer chegar à descarga o gelo recolhido nos campos e gramados, para abastecer os lojas e inclusive no deslocamento e transporte. Mas, o ambiente morfologicamente "natural" em que o trenó era utilizado plenamente ou seja, durante o ano inteiro era A MONTANHA que era onde este meio de transporte servia para transportar montanha abaixo folhas secas que serviam pra fazer as "camas" onde dormiam as vacas e também produtos para que as pessoas pudessem satisfazer suas necessidades alimentares durante o período de "monticazione" isto é, o período em que as pessoas permaneciam nas montanhas durante o verão e retornavam às suas casas no inverno, faziam isto para que as vacas pudessem ter um pasto melhor e também para que as pessoas pudessem descansar e fugir do grande calor que fazia nas cidades uma vez que nas montanhas era mais fresquinho e agradável de se estar no período do verão, costume este que perdura ainda hoje em algumas regiões da Itália, especialmente no norte.

Ao examinarmos as pesquisas histórico/ambientais e das análises técnicas que foram realizadas observa-se que surgiu uma curiosidade muito interessante referente ao equipamento de condução que compõe a "musséta" local, dos exames realizados constatou-se que o referido equipamento é o resultado de um adequamento técnico "imposto" pelo excessivo uso do trenó nos percursos de descida difíceis, onde haviam dificuldades para guiar (dirigir). Mas, sigamos uma ordem. O verbo que é originário do dialeto e define que "conduzir trenó" é "mussétar" e "mussetar" nos trajetos de descida difíceis é árduo além de perigoso mesmo para os bons condutores surgindo assim, a conseqüente necessidade de inventar os detalhes técnicos adequados para tornar essa descida o menos perigosa possível.

A "musséta" local (conforme podemos constatar observando o desenho ilustrativo) no que diz respeito ao dispositivo de condução para guiar (dirigir) na descida é dotado de 2 róz dianteiros, que seriam os puxadores (local onde se coloca as mãos para puxar) que são sem curvas e curtos obtidos através do prolongamento das hastes periféricas dos lugares de apoio , além disso, é dotada de 2 "róz" (lugar onde se coloca a mão para puxar) móveis, em forma de losango que durante o percurso congelam e ficam apoiados na parte de trás do "róz".  Estrutura do trenó O "róz" do mesmo modo às partes arcadas do cabo puxador dos outros tipos de "musséte" servem para rebocar o trenó nos terrenos de planície mas, a sua função é também outra, a julgar pelo pouco comprimento dos puxadores da direção. A combinação tecnológica: "róz" móveis e curtos foi inventada especificamente para enfrentar os trajetos com elevada inclinação e perigosos, bastante freqüentes nas montanhas locais.

Quando o condutor encontra-se com o seu trenó carregado enfrenta uma inclinação de descida muito acentuada este deve estar muito atento para não ser atraído pela força da gravidade e conseqüentemente, cair para fora do trenó. Portanto, quando percebe que o impulso (empurrão) for anormal, o trenó pára bruscamente o "róz" na respectiva ponta. Assim, o róz é encaixado na parte que faz deslizar o trenó (parte que escorrega, que é em contato com a superfície) e assim o trenó faz o movimento contrário, isto é, vai para trás provocando um retardamento no movimento do trenó até que o mesmo pára devido ao atrito das perninhas do meio onde bloqueadas formam dois poderosos freios que quase sempre fazem com que o trenó pare. Diz-se quase sempre porque tem também a possibilidade de que por causa de um acionamento tardio do "róz", o trenó não pare , neste caso extremo e irremediável, o condutor, deve jogar-se para um lado, fora da trajetória mortal do meio de transporte sendo que, para efetuar isto com tanta rapidez não deve encontrar impedimentos que neste caso poderiam ser constituídos pelos Bruno Dall'Agnol mostra come si trasportava la slitta puxadores longos e curvados, por isso que o puxador é curto e sem curvas. Para concluir penso que a "musséta" local tenha sua origem especialmente na montanha, diferentemente de outros tipos desenvolvidos em outras regiões menos montanhosas que demonstram na sua estrutura de condução uma influência do uso particular nas regiões perto das colinas (pequenas montanhas) e menos inclinadas, deslocando-se em direção às regiões mais baixas.


Data da última atualização: 20/11/2005